Prezados leitores,
Conforme o parâmetro de delimitação, classificação e denominação em duas grandes partes físicas descritas na expedição anterior, trataremos hoje da Parte Baixa, frisando que o ponto de vista é partir do referencial da implantação da igreja, seu adro e a topografia do entorno desta praça. A seguir publicamos as considerações referentes ao processo de inventariação dos acervos arquitetônicos dessa delimitação.
A partir do adro da Igreja observa o segundo conjunto, que repete as características do primeiro, ou seja, da Parte Alta da publicação anterior, com os maneirismos locais e regionais.
Eram dois sobrados... foi arrolado o sobrado da família Borges (pois o sobrado vizinho foi demolido), uma casa com acessos laterais que mostra outro aspecto da modificação e da implantação da arquitetura no final do século XIX e duas casas térreas de valor histórico, ambas preservadas, como as residências de Aloysio de Figueiredo, e da Srª. Gildete.
Na Parte Baixa a pesquisa histórica, sobretudo alicerçada no acervo fotográfico, nos mostrou algumas conformações espaciais bem diferentes do que encontramos hoje. Destacamos o antigo formato quadrilátero proposto pelo Monsenhor Hermelino Marques de Leão no início do XX, cujo traçado dos canteiros foi bruscamente modificado ao longo do tempo. Registra-se a retirada da balaustrada entre tantas outras modificações de seus elementos construtivos, mas também naturais, que foram ocorrendo paulatinamente ao longo das intervenções. Ainda conseguimos documentar alguns remanescentes do conjunto de entorno.
A Praça Matriz de Nossa Senhora Imaculada Conceição esta localizada no Centro Histórico da cidade de Macaúbas. Segundo a Carta de Petrópolis, é um “sítio Histórico” e “área crítica”, também conhecido como núcleo histórico ou Sítio Histórico Urbano – SHU. É portanto um espaço que concentra os modos de fazer e viver da cultura material e imaterial dos macaubenses ao longo de sua evolução histórico-social, carregada de importância econômica. Ali foram erguidas edificações civis e religiosas, acontecimentos históricos como o conturbado período coronelista baiano, a antiga feira, manifestações religiosas e culturais presente em nossa memória e tradição.
Mais detalhes da caracterização histórica desta área e seu acervo arrolado serão organizados na futura publicação, com a apresentação da documentação fotográfica e do levantamento arquitetônico de algumas edificações.
- José Antônio de Sousa -
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